A Copa do Mundo de futebol finalizou e aquele que teve o melhor desempenho foi o campeão.
Jogos ganhos por goleada, jogos empatados e outros pela diferencia mínima. Jogos ganhos no tempo normal, alguns ganhos na prorrogação e outros ganhos nos pênaltis. Jogadores com cartão vermelho, jogadores com cartão amarelo, jogadores punidos, jogadores machucados.
Assistimos erros dos juízes, dos seus assistentes assim como decisões polémicas baseadas no VAR. Também assistimos as agressões, das mais variadas, dentro do campo de jogo. Assistimos, também, aos comentários dos repórteres, alguns falando verdades e outros falando besteiras.
Uma coisa ficou bem certa: os menos (os jogadores, os juízes e seus assistentes, os treinadores, os repórteres) fizeram algo e os mais assistimos, ficamos “na torcida”. Os menos alcançaram os resultados esperados ou fracassaram, ficaram felizes ou tristes por seu desempenho, foram elogiados ou criticados. No entanto, os mais ficamos alegres, tristes, felizes, furiosos, empolgados ou desapontados, pelos resultados que os menos alcançaram.
Após o jogo final da Copa, os menos (os jogadores) receberam os prêmios, os elogios, as críticas, as ovações e as vaias, resultado do que fizeram.
E os mais (os torcedores)? Ficaram felizes ou tristes pelos resultados que esperavam que os jogadores iriam alcançar e ficaram felizes ou tristes por ter acertado, ou não, as previsões sobre o desempenho desses menos.
Um rápido resumo da Copa pode ser: poucos fizeram e muitos torceram.
Já parou para pensar o que a Copa deixou para os torcedores? Muitas emoções (alegria, tristeza, raiva), novos amigos, alguns “menos amigos” e muito tempo gasto para pensar nos que jogaram (os menos).
Um sério risco é incorporar o hábito de ser torcedor e instalá-lo na nossa vida. Assim, nosso salário dependerá do empregador, nossos relacionamentos dependerão das atitudes “do outro”, nossas finanças dependerão “dos preços e dos juros”, nossas decisões de compra dependerão das propagandas, a política do país dependerá dos políticos. Dessa forma continuaremos sendo grandes torcedores, nesta vez, das nossas vidas.
A Copa do Mundo foi uma grande oportunidade para apreciar a importância de lutar por um objetivo, assim como enxergar o impacto de uma decisão certa ou errada. Também nos mostrou a grande importância de se preparar para um evento dessa magnitude, de treinar e de ter atitude.
No jogo da nossa vida, temos a escolha de pular dentro do campo de jogo e participar ou de ficar na arquibancada e torcer. Se participarmos, poderemos ganhar, empatar ou perder, mas jogaremos! Quem decidir ficar na torcida, somente irá gritar.
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Silvio Bianchi é Contador Público, Pós-graduado em Educação e Coaching Financeiro, Master Coach, Coach Executivo e de Carreira, Coach Financeiro, Treinador e Palestrante. Cofundador de Bem Financeiro – Desenvolvimento em Finanças, é responsável pelo escritório em São José dos Campos (SP).
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