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  • Foto do escritorEdward Claudio Jr

Entrei numa bola de neve nas dívidas. E agora, tem solução?

Atualizado: 22 de jun. de 2022


O endividamento entre os brasileiros sempre teve índices elevados, fruto principalmente da falta de educação financeira, de hábitos e comportamentos financeiros inadequados e do fácil acesso ao crédito.


Mas nos últimos meses, durante os atendimentos realizados, constatei que o nível de endividamento está cada vez maior, com a quantidade de empréstimos, financiamentos e parcelamentos, chegando a números preocupantes.


Pessoas e famílias acumulam dívidas com bancos, sendo empréstimos pessoais ou consignados ou os dois, parcelamentos de fatura de cartão de crédito, cheque especial, financiamentos diversos, empréstimos com familiares, amigos e agiotas, tarifas públicas e diversas compras parceladas.


Veja a evolução nos últimos 12 meses do percentual de famílias endividadas no Brasil:


Fonte CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.


Em maio de 2021 tínhamos 68,9% das famílias brasileiras endividadas e em abril de 2022 chegamos ao percentual de 77,7%. Foram 11 altas em comparação ao mês anterior, somente em janeiro/22 tivemos uma pequena queda neste índice.


Com relação a inadimplência a proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso também teve alta, conforme o gráfico abaixo. Em um ano o aumento foi de 4,3 pontos percentuais.



Fonte CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.


Analisando os gráficos acima, podemos perceber que ambos estão com a curva em alta nestes últimos 12 meses.


Entre os motivos, podemos destacar: diminuição da renda, questões de saúde, excesso de crédito, compras por impulso, aumento do custo de vida, padrão de vida elevado, falta de planejamento financeiro. Mas qualquer que seja o motivo, todas estas questões estão atreladas a falta de educação financeira da maioria da população brasileira.


Quando o endividamento chega, pessoas e famílias geralmente não interrompem as ações que fizeram isto acontecer. Continuam agindo da mesma forma e as dívidas começam a crescer muito rápido, devido as altas taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras. Com isso, a famosa frase “minhas dívidas viraram uma bola de neve”, são muito comuns nos dias atuais.


Neste estágio a pessoa endividada acredita que contrair um novo empréstimo será a salvação para resolver o problema e não pensa nas consequências desta decisão.


Geralmente agravam a situação financeira, assumindo novas parcelas por um período maior, comprometendo o orçamento mensal por muitos meses e até anos. E afinal das contas, qual é a solução para estes casos?


Para quebrar este ciclo é necessário parar o que está fazendo e começar um levantamento completo da situação. Mas antes, defina um propósito que deseja muito realizar. Algum sonho ou objetivo que seja muito importante, que tenha relevância para você, para ter o porque fazer o que precisa ser feito.


Com este propósito definido, siga os seguintes passos:


1 - Apure o que levou você a está situação de endividamento. Se foi uma questão pontual que já foi resolvida ou se é fruto de decisões impróprias que ainda permanecem em ação.

2 – Assuma a responsabilidade do que está acontecendo e faça um levantamento de todas as despesas e gastos mensais.

3 – Anote todas as dívidas contraídas, que estão sendo pagas ou não.

4 – Verifique a renda líquida mensal e análise o orçamento como um todo, procurando reduzir ou cortar provisoriamente algumas despesas para ter margem para negociar as dívidas.

5 – Verifique opções de aumentar a renda ou gerar renda extra, para ajudar no pagamento das dívidas, reduzindo os juros e o tempo final dos empréstimos.

6 – Faça uma pesquisa de juros com outras instituições financeiras, para, se benéfico, realizar a portabilidade da dívida.

7 – Se não for possível pagar todas as dívidas contraídas no orçamento realizado, faça uma lista de prioridades das dívidas, para quitar estas primeiro e depois voltar o foco nas demais.

8 – Reúna a família e converse sobre a situação, para que todos possam ajudar nas ações necessárias para retomada do equilíbrio financeiro.

9 – Procure ajuda externa se necessário, com educadores financeiros ou pessoas de confiança, pois em muitos casos as pessoas endividadas não conseguem resolver a questão sozinhos.

10 – Siga o planejamento para a retomada da sustentabilidade financeira e não desanime ou perca a confiança. Os sacrifícios serão temporários, mas o resultado será para sempre.


Reflita, se as suas últimas decisões financeiras estão resolvendo a questão do endividamento ou se a situação está cada vez mais complicada? O que você pode fazer diferente a partir de agora? Não deixe para depois o que pode começar a fazer agora.


Priorize os seus verdadeiros propósitos de vida. Assuma o controle de sua vida financeira e supere todos os obstáculos e desafios. Se precisar, nós do BEM Financeiro estamos à sua disposição para ajudar.


E como leitura complementar, sugiro a leitura do Artigo: " 10 coisas para não fazer quando se está muito endividado.


Edward Claudio Júnior é Pós-graduado em Educação Financeira, Coach Financeiro, Palestrante e Treinador Comportamental. Cofundador do BEM Financeiro – Desenvolvimento em Finanças, responsável pelo escritório em São Paulo.

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