Foto: Taylor Smith by Unsplash
O que vem a sua mente quando o assunto é finanças? Economia, números, investimentos, planilhas? Pessoas, mundo interno, complexidade humana? Geralmente a associação é relacionada a ciências exatas, mas podemos examinar além. Quem constitui a economia de um país são seus habitantes, pessoas com sentimentos, desejos, hábitos, sonhos, crenças, limitações, criatividade e destrutividade - seres humanos com tudo a que têm direito! É por essa razão que modelos puramente matemáticos não dão conta de encaminhar as questões encontradas na realidade econômica. Os seres humanos são mais complexos e, muitas vezes, mais imprevisíveis do que a matemática.
Atualmente, há teorias e observações que se situam na interface Psicologia- Economia, que estudam como as pessoas influenciam a economia e como a economia influencia as pessoas. Destacamos o peso das emoções sobre o nosso funcionamento intelectual e sobre as decisões que tomamos, pois os pensamentos encontram-se mergulhados em matrizes emocionais.
Quem nunca? Arrependeu-se de uma decisão infeliz e impulsiva a respeito de dinheiro? Ficou indeciso diante de alternativas envolvendo esta questão, na dúvida sobre o que fazer, com medo de tomar o caminho errado e ter prejuízo? Tomou uma decisão sobre onde gastar (e não gastar!), mas na hora H, acabou fazendo o inverso do que decidiu anteriormente?
Escolher a melhor alternativa para proteger seu dinheiro, ser capaz de ganhá-lo, evitar perdê-lo, não o desperdiçar, entre outras tantas decisões econômicas que precisamos tomar ao longo da vida – não costuma ser simples. Em especial, porque frequentemente sequer somos capazes de seguir as recomendações mais sensatas, ao invés disso, entramos em enrascadas difíceis de explicar- até para nós mesmas.
Quanto mais você buscar se conhecer, pode começar a perceber que as situações em nossa vida não se repetem de forma idêntica, nosso jeito de encará-las é que pode ser sempre o mesmo. Os padrões de comportamento em relação ao dinheiro, muitas vezes, estão mergulhados em nosso inconsciente, e trazê-los à tona não é fácil, mas é possível.
Da mesma forma como você se casou para sempre – e no meio do caminho, a vida tomou outro rumo – em relação ao dinheiro também pode ser assim. Não sejamos escravas da condição financeira insatisfatória! Quanto mais dispostas a encarar nossa realidade - externa e interna – mais podemos tomar nossa vida em nossas mãos, apropriar-nos dela e de nossas decisões.
Prazer em conhecer- a si mesma!
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Dayane Godinho é Psicóloga clínica, Pós Graduada em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV, Professora conteudista e tutora em educação à distância – EAD. Instrutora de cursos e workshops sobre Finanças Pessoais e autodesenvolvimento, também é fonte recorrente para a mídia goiana e nacional em temas sobre Educação Financeira e Psicologia.
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