O que é a vida? “Um intervalo de tempo entre a primeira inspiração e a última expiração.” “Dinheiro só serve para os vivos.” (*)
Fonte: pixabay
Quando paramos para refletir sobre a relação que temos com o dinheiro, qual sentimento mais se sobressai em você? De medo ou de raiva?
Nossa relação com o dinheiro foi forjada inconscientemente desde a infância diante de experiências emocionais que criarão um padrão diante da vida, pautado provavelmente na escassez ou na abundância. Se esse padrão não for trazido à consciência se reproduzirá na vida adulta nos moldes em que foi criado.
Os que agem pelo domínio da escassez atuam como se estivessem cumprindo ordens nos mesmos moldes registradas na infância, não usufruindo dos bens e da riqueza que já possuem, não se permitindo gozar a vida prazerosamente, e, quando o fazem, paira um sentimento de culpa associado à raiva.
Quando predomina a abundância evidencia-se que assim agimos para compensar a criança que passou dificuldades na primeira infância. Então, tudo é permitido sem regras e limites. Os que se enquadram nesse perfil tem facilidade em fazer dinheiro, mas enorme dificuldade de cumprir seus compromissos em dia e ficam sempre endividados, pois não estão preparados para multiplicar e usufruir da riqueza.
Tão relevante quanto fazer dinheiro é desenvolver conhecimentos de como multiplicá-lo e usufruir a vida, uma vez que dinheiro só será útil enquanto estivermos vivos. Lembremos-nos da importância de sempre separar uma parte do que ganhamos para multiplicação diversificada, como se fossem sementes. Cada uma delas ao longo do tempo proporcionará muitos frutos.
É comum associarmos o trato com o dinheiro a aspectos puramente racionais, porém, somos impactados pelas emoções e pelas crenças que já fazem parte de nosso sistema neurológico. Se considerarmos emoções como “energia em movimento” e dinheiro como instrumento de troca entre pessoas, podemos afirmar que onde há troca há movimento. Portanto, onde há dinheiro há emoções que podem ser de medo ou de raiva e que fazem parte da vida de todos nós.
Na medida em que vamos conhecendo nossos comportamentos que geram conflitos com nossas emoções relacionadas ao dinheiro, sempre será possível evitá-los e aperfeiçoar nossa relação com nossas finanças.
Para reflexão sobre a ativação do Eu financeiro, dentre muitos aspectos comportamentais, destacaremos os mais comuns que poderão contribuir nessa jornada, a saber:
a) Entesourador (famoso pão-duro)
Acumula todo o dinheiro que ganha, pois cultiva o sentimento de que se gastar vai faltar no futuro, independente da quantia poupada. Cultivam o medo pelo futuro.
b) Gastador (bolso furado ou mão-aberta)
É aquela pessoa que promove trocas tendo ou não o que trocar. Vive intensamente o presente, sem planejamento, posterga as dívidas para o futuro.
c) Desligado do dinheiro
Depende financeiramente de outros e não costumam exercer poder sobre a própria vida. Qualquer decisão vai de encontro com quem detém o dinheiro.
d) Escravo do dinheiro
Baixa autoestima. Sem grandes objetivos na vida ou para uso do dinheiro. Quanto mais ganha mais escravizado se sente, pois elegeu o dinheiro como seu dono..
e) Quem tem raiva do dinheiro
Não gostam do tema e não querem nem ouvir falar dele e tem raiva de quem trata de dinheiro. Como não encontram formas honestas de alterar sua situação financeira, passam a odiar toas a atividades ligadas a dinheiro.
Com o advento do desaparecimento gradual do dinheiro físico se faz necessário constante atualização com os diferentes sistemas e meios de utilização do dinheiro no mundo virtual e reavaliarmos de como estamos agindo com algo não mais palpável.
E você? Consegue imaginar quais aspectos precisam de maior atenção em sua jornada para encontrar seu Eu financeiro e prosperar em todos os aspectos da vida?
Autor: Adenias Filho
Cofundador do BEM Financeiro - Desenvolvimento em Finanças. Formado em Administração de Empresas, Pós Graduado pela FGV-RJ, IBMEC em Finanças Corporativa e Amana-Key em Gestão Empresarial. Consultor Financeiro e Palestrante, responsável pelo escritório do BEM Financeiro no Rio de Janeiro.
(*) Texto inspirado no Livro: A energia do dinheiro (Autor: Pereira, Glória Maria Garcia - 3ª. Edição - Ed. Gente).
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